Entrar na universidade em Portugal: Tudo o que você precisa saber.

Ingressar na Universidade em Portugal

Este artigo tem como objetivo explicar o processo para ingressar em uma universidade em Portugal, desde os requisitos básicos e exames necessários, passando pela candidatura, seriação e colocação, até chegar à matrícula. Vamos dar uma visão geral de todas as etapas envolvidas para que você possa entender melhor como funciona o acesso ao ensino superior em território português.

O sistema de admissão varia de acordo com cada instituição, mas normalmente envolve a realização de provas nacionais, a submissão de uma candidatura e a seriação dos candidatos com base em diferentes critérios. As vagas existentes são então preenchidas seguindo a ordenação dos candidatos por nota.

Existem algumas particularidades, como a possibilidade de ingresso na universidade em Portugal, via resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) do Brasil. Abordaremos esse tópico mais à frente.

De forma geral, vamos detalhar o passo a passo completo para ingressar em uma universidade em Portugal, as etapas mais importantes que você precisa cumprir e dicas valiosas para facilitar o seu processo de candidatura, e abordaremos os seguintes tópicos:

Requisitos básicos para acesso em uma Universidade em Portugal

Para se candidatar a uma universidade em Portugal, existem alguns requisitos básicos que precisam ser cumpridos:

  • Idade mínima: Em geral, a idade mínima para ingressar em uma universidade em Portugal é de 17 anos, completados até o dia 31 de dezembro do ano em que se realiza a matrícula.
  • Diploma de ensino médio: É necessário ter concluído o ensino médio para poder ingressar em uma universidade em Portugal. Isso equivale ao 12o ano de escolaridade em Portugal ou ensino médio completo no Brasil.
  • Nota mínima no exame nacional: Para ser admitido em um curso universitário, é preciso obter uma nota mínima na prova de ingresso específica de cada curso. Essa prova faz parte dos exames nacionais do ensino secundário de Portugal. A nota mínima exigida varia de curso para curso.

Portanto, atender a esses três requisitos básicos (idade mínima, conclusão do ensino médio e nota mínima na prova de ingresso) é fundamental para poder iniciar o processo de candidatura a uma universidade em Portugal.

Exames nacionais para ingressar na Universidade em Portugal

Para ingressar na universidade em Portugal, os candidatos precisam realizar os exames nacionais do ensino secundário. Estes exames são realizados anualmente em junho e julho e cobrem as disciplinas essenciais do 12o ano, incluindo Português, Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, História, Filosofia, entre outras.

As datas dos exames são divulgadas pelo Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) no início de cada ano letivo. Em 2022, os exames nacionais ocorreram entre 17 de junho e 19 de julho.

As notas dos exames nacionais são um dos fatores mais importantes para a colocação dos candidatos nas universidades e cursos pretendidos. Cada instituição e curso estabelece uma nota mínima de candidatura, também conhecida como “nota de corte”. Essas notas variam de acordo com a procura e concorrência de cada curso.

Por exemplo, para o ano letivo 2022/2023, a nota de corte para Medicina na Universidade de Lisboa foi de 19,3 valores. Já para o curso de Engenharia Informática no Instituto Superior Técnico, a nota de corte foi de 17,5 valores. Os candidatos devem pesquisar com antecedência as notas historicamente exigidas no curso e universidade desejados, para submeter sua candidatura a universidade em Portugal, com uma boa estratégia para obter a vaga.

Dessa forma, obter boas notas nos exames nacionais é fundamental para garantir a colocação no curso e instituição pretendidos pelo candidato. Estudar com antecedência, focar nas disciplinas mais relevantes para o curso desejado e manter a calma no dia da prova são estratégias importantes para alcançar o objetivo.

Candidatura à universidade em Portugal

O processo de candidatura à universidade em Portugal ocorre durante o segundo semestre letivo, normalmente entre o final de junho e início de agosto. Existem prazos específicos para cada etapa da candidatura que devem ser observados.

Os principais aspectos da candidatura incluem:

Prazos

  • As candidaturas geralmente abrem no final de junho e fecham no início de agosto. As datas exatas variam de acordo com cada instituição de ensino.
  • Após o período de candidaturas, ocorre a seriação dos candidatos, divulgação de resultados e processo de matrícula. Novamente, os prazos específicos variam.
  • É essencial ficar atento ao calendário acadêmico e aos prazos estabelecidos pela instituição desejada. Candidaturas submetidas após o prazo serão automaticamente excluídas.

Plataformas Online

  • As candidaturas são realizadas através da plataforma online de candidaturas de cada instituição de ensino.
  • Nas universidades públicas utiliza-se geralmente a plataforma da Direção-Geral do Ensino Superior.
  • Nas universidades privadas e nos institutos politécnicos existem plataformas próprias.
  • O candidato deve se registrar na plataforma, preencher o formulário e submeter os documentos solicitados.

Documentação Necessária

  • Documento de identificação válido
  • Comprovante de conclusão do ensino médio
  • Histórico escolar do ensino médio
  • Certificado de proficiência em português (para estrangeiros)
  • Outros documentos podem ser solicitados dependendo do curso ou forma de ingresso

Toda a documentação deve ser submetida eletronicamente através da plataforma online dentro do período de candidaturas. O não cumprimento dos prazos e/ou apresentação da documentação obrigatória resulta em exclusão do processo seletivo.

Seriação

A seriação dos candidatos à entrada no ensino superior é feita pelas instituições de ensino, com base nos resultados obtidos nos exames nacionais do ensino secundário.

Os principais critérios de seriação são as notas obtidas nas provas de ingresso específicas para cada curso. As notas de candidatura são calculadas com base nas classificações das provas de ingresso, que podem ser constituídas por um ou dois exames, consoante os pré-requisitos de cada curso.

As notas nos exames nacionais são, portanto, extremamente importantes para a seriação, pois irão determinar a posição de cada candidato face aos outros concorrentes. Quanto melhores forem as classificações obtidas, maiores serão as hipóteses de o candidato conseguir uma vaga no curso pretendido.

É fundamental que os candidatos se preparem adequadamente para realizar provas de ingresso com notas elevadas, de modo a garantir a seriação mais alta possível e assim aumentar as probabilidades de entrar no curso desejado. A concorrência costuma ser grande para cursos mais procurados, por isso é essencial obter boas classificações nos exames nacionais.

Colocação

A colocação dos candidatos nas vagas das instituições é feita de forma centralizada através do sistema nacional de candidaturas.

As instituições de ensino superior publicam o número de vagas disponíveis para cada curso antes do período de candidaturas. Os candidatos, por sua vez, ordenam os cursos por ordem de preferência na sua candidatura.

O processo de colocação funciona então por seriação, ordenando os candidatos com base nas suas notas de candidatura. Os candidatos com melhor classificação têm prioridade na ocupação das vagas disponíveis.

A colocação é divulgada em fases, normalmente existem 3 fases de colocação:

  • 1a fase – divulgação em agosto, antes do início do ano letivo. É a fase principal e que concentra o maior número de vagas disponíveis.
  • 2a fase – divulgação em setembro, permite a reapreciação por parte dos candidatos que não ficaram colocados na 1a fase. Também são disponibilizadas vagas sobrantes da 1a fase.
  • 3a fase – divulgação no final de setembro, sobretudo para preencher vagas residuais.

Quando é divulgada a colocação, o candidato deve confirmar a aceitação da vaga na instituição e curso em que ficou colocado. O não cumprimento dos prazos leva à perda da vaga.

Após a aceitação, o candidato deve completar a sua matrícula e inscrição na instituição de ensino superior para formalizar o ingresso no curso.

Matrícula

A matrícula é o ato que oficializa a vinculação do aluno ingressante à universidade. É um processo burocrático que deve ser realizado dentro dos prazos estabelecidos pela instituição.

Prazos

O período de matrícula é divulgado junto com o resultado da chamada regular do processo seletivo. Geralmente, os calouros têm de 1 a 2 semanas para efetivar a matrícula após a divulgação dos resultados. É muito importante ficar atento ao calendário acadêmico para não perder os prazos.

Quem não fizer a matrícula dentro do período determinado pode perder direito à vaga.

Documentação

A documentação exigida varia de acordo com cada instituição, mas normalmente inclui:

  • Cópia do certificado e histórico escolar do ensino médio
  • Cópia da certidão de nascimento ou casamento
  • Cópia do RG e CPF
  • Comprovante de residência
  • Uma foto 3×4 recente

Todos os documentos precisam ser autenticados em cartório antes da matrícula. Os candidatos também devem apresentar o original de cada documento para conferência.

Pagamento de taxas

O novo aluno deverá quitar uma taxa de matrícula, cujo valor depende da instituição. Algumas universidades também cobram uma primeira mensalidade antecipada referente ao primeiro mês letivo.

O pagamento é feito via boleto bancário, que deve ser emitido durante o processo de matrícula. A universidade só efetiva a matrícula após a comprovação do pagamento das taxas.

Cabe ao aluno ficar atento aos prazos de vencimento para não ter a matrícula indeferida por falta de pagamento.

Custos

A principal despesa para estudar em universidades portuguesas é a propina anual. O valor da propina varia conforme o curso e a instituição, mas geralmente fica entre 1000-4000 euros por ano para alunos internacionais.

Alguns dos custos médios por curso:

  • Ciências humanas: 1000-2000 euros
  • Ciências sociais: 1500-2500 euros
  • Ciências da saúde: 2500-4000 euros
  • Engenharias: 2500-4000 euros

Além da propina, os estudantes precisam cobrir despesas de vida como moradia, alimentação, transporte, livros e custos pessoais. O custo de vida em Portugal é mais barato do que em outros países europeus, ficando em média 800-1200 euros por mês.

Existem algumas opções para reduzir os custos dos estudos:

  • Bolsas do governo português – As universidades públicas oferecem bolsas parciais ou integrais baseadas no mérito acadêmico. Os editais são publicados anualmente.
  • Bolsas de mérito acadêmico – Algumas instituições privadas também oferecem bolsas por mérito. Vale a pena procurar essas oportunidades.
  • Trabalho em tempo parcial – Com o visto de estudante é permitido trabalhar até 20h semanais para complementar a renda.
  • Moradia universitária – As residências de estudantes das universidades públicas costumam ser mais baratas que o mercado aberto.
  • Programas de financiamento estudantil – Alguns bancos portugueses possuem linhas de crédito especiais para custear os estudos superiores.

Ingresso via ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) pode ser utilizado por estudantes brasileiros para ingressar em universidades portuguesas através do concurso especial de acesso.

Existem algumas regras importantes para uso da nota do ENEM:

  • A nota do ENEM só é válida para o ano em que o exame foi realizado. Notas de anos anteriores não podem ser utilizadas.
  • É necessário ter prestado o ENEM completo, ou seja, ter feito as quatro áreas de conhecimento e a redação. Exames incompletos não são aceitos.
  • A conversão da nota do ENEM para a escala portuguesa é feita através de uma tabela definida pelo governo.
  • A nota final considerada é a média aritmética das notas das cinco provas do ENEM.

As universidades portuguesas participantes do programa de ingresso via ENEM são:

O número de vagas disponíveis em cada curso e universidade varia a cada ano, por isso é importante consultar com antecedência.

Os estudantes interessados devem se inscrever através do concurso especial de acesso respeitando prazos e apresentando a documentação necessária.

Dicas para candidatos internacionais

Candidatos internacionais interessados em estudar em universidades portuguesas precisam estar cientes de algumas diferenças importantes no processo de admissão, bem como aspectos práticos como vistos, custo de vida e aprendizado da língua portuguesa.

Diferenças no processo de admissão

O principal exame nacional usado para admissão em universidades portuguesas é realizado em português. Candidatos internacionais precisam fazer o exame específico para estrangeiros organizado pela universidade desejada. As provas avaliam habilidades em matemática, português, história e geografia.

O cronograma e os prazos para candidatura também podem ser diferentes para alunos internacionais. É importante confirmar com a universidade os requisitos e datas específicas.

Obtenção de visto de estudante

Candidatos de fora da União Europeia precisarão solicitar um visto de estudante para poder residir legalmente em Portugal durante o período universitário. Este processo pode demorar alguns meses, por isso é essencial providenciar a documentação necessária com bastante antecedência.

Custo de vida em Portugal

Embora mais barato que em outros países europeus, o custo de vida em Portugal ainda pode ser alto para padrões internacionais. Alunos precisam orçar pelo menos 700-1000 euros por mês para cobrir despesas com moradia, alimentação, transporte e outras necessidades básicas. Universidades também cobram anuidades que variam de €3,000-5,000 por ano. Bolsas podem estar disponíveis.

Saiba mais como morar em Portugal, através de nosso post. Precisa de alguma ajuda com visto para residência em Portugal ou tem alguma dúvida, faça contato conosco!

Contato

Artigos Recentes

Artigos Relacionados